quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Kiko Loureiro - Sounds of Innocence [2012]

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Por Junior Frascá
Publicado originalmente em 12 de julho de 2012 no Whiplash

O guitarrista brasileiro Kiko Loureiro, mais conhecido por seus trabalhos junto ao ANGRA, chegou em um estágio de sua carreira em que não precisa provar nada para ninguém, seja como instrumentista, seja como compositor. E desde que iniciou sua carreira solo, todos puderam perceber ainda mais toda a competência do músico, que também é um dos professores de guitarra mais conceituados do Brasil.

E em seu quarto disco solo, o guitarrista tem como convidados o baixista Felipe Andreoli (seu parceiro de longa data no ANGRA), e o baterista Virgil Donati (PLANET X, RING OF FIRE, e diversos outros), que abrilhantaram ainda mais o material.

Em comparação com os discos solos anteriores de Kiko, podemos perceber que “Sounds of Innocence” é bem mais progressivo e intrincado, com arranjos bem construídos, harmonias complexas e muito bom gosto ao longo de todo o material, demonstrando uma maturidade impressionante. Alias, Kiko esta em sua melhor forma, despejando riffs excelentes e solos cada vez mais técnicos e eletrizantes, variando entro momentos mais velozes e virtuosos, e outros mais emocionais, esbanjando feeling e precisão, e mesmo ainda trazendo diversas influências latentes, conseguiu criar um estilo próprio de compor e tocar guitarra com maestria.

Chama a atenção também o trabalho do monstro Virgil Donati, um dos melhore bateristas de todos os tempos, e que faz um trabalho impecável aqui, com técnica e pegada absurdas, e é um grande diferencial em relação aos trabalhos anteriores do guitarrista. Escute faixas como “Conflicted” e “Ray of Light” (repleta de influências de Joe Satriani) e comprove todo o talento de Virgil, seja nos momentos mais progressivos, seja nos mais simples.

Indo de faixas pesadas e cheias de quebradeira, como “Gray Sone Gateway” e Conflicted”, a outras mais ambientais e emocionais, como “Mae D’agua” e “A Perfect Rhyme”, passando por algo mais experimental, como em “Relective” e “Twisted Horizon”, o disco nos traz 10 faixas (além do playback de “Conflicted”) excelentes, e se mostra como o melhor trabalho solo de Kiko até o momento.

Sem dúvida um trabalho belíssimo e que deverá agradar em cheio aos fãs de música de qualidade, e até mesmo aqueles que não apreciam tanto trabalhos instrumentais (como este que vos escreve) irão apreciar o disco, que sem dúvida eleva ainda mais a carreira de Kiko.

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